Família

Hypericaceae

Nome Comum

hipericão-do-gerês, androsemo, erva-mijadeira

Origem

Oeste e Sul da Europa, Região Mediterrânica e próximo Oriente

Tipo de Origem

autóctone

Autor

L.

Descrição

O hipericão-do-gerês é um arbusto de folha caduca, cujos ramos tendem a crescer abundantemente, podendo atingir 1.5 metros de altura. Apresenta caules eretos, sendo que os caules mais jovens exibem duas linhas longitudinais. 

As folhas, de cor verde-claro, têm formato ovado-lanceolado, são simples, opostas e as margens são inteiras. São sésseis, isto é, não apresentam pecíolo e são, geralmente, amplexicaules, isto é, a base da folha envolve parcialmente o caule.  

As flores, com cerca de 2 cm de diâmetro, geralmente com 3 estigmas, possuem pétalas amarelas de formato obovado e surgem agrupadas em inflorescências do tipo cimeira.  

O fruto é uma baga globosa, de consistência carnuda. Exibe diferentes cores ao longo do processo de maturação, sendo de tom avermelhado quando jovem, tornando-se mais escura após madurecer. No seu interior, contém sementes aladas de cor castanho-escuro.

Forma de Vida

arbusto

Ínicio de Floração

junho

Fim de Floração

setembro

Perenidade

caducifólia

Inflorescência

cimeira

Cor da Flor

amarelo

Tipo de Folha

simples

Inserção de Folha

oposta

Margem da Folha

inteira

Limbo da Folha

ovado-lanceolado

Tipo de Fruto

baga

Consistência do Fruto

carnudo

Maturação do Fruto

agosto

Habitat

Habita preferencialmente em sítios sombrios e frescos, nas proximidades das linhas de água, podendo resistir a temperaturas até -20 ºC. É tolerante à seca.  

Observações

No território português, é possível encontrar esta espécie no Norte e no Centro litoral, com predominância nas regiões do Minho, Beiras e Estremadura. O seu nome vulgar, hipericão-do-gerês, é alusivo à Serra do Gerês, ocorrendo de forma espontânea nesse local, juntamente com comunidades herbáceas. É particularmente afetada por doenças e pragas, nomeadamente, ferrugem e afídeos.  

Aplicações

Esta espécie tem valor ornamental, sendo amplamente cultivada em pequenas ou grandes áreas, tais como floreiras ou espaços verdes, juntamente com outras plantas, formando associações vegetais. É uma importante e reconhecida planta medicinal, sendo utilizada no tratamento de queimaduras, na cicatrização de feridas, no alívio de sintomas depressivos, insónias, doenças hepáticas e digestivas. É uma fonte de alimento para diversas aves, que são atraídas pelos seus frutos, ajudando a dispersar as suas sementes noutros locais. 

5 Exemplares no Parque